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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Usar o Querigma para iluminar a conversão


Vejam, o primeiro é a fé-conversão.
    O Querigma, o núcleo, que é: “Deus te ama”. Por que você não reconhece isso? Pelo pecado. Quem me salva? Temos salvador: Cristo, pela morte e ressurreição. Converte-te, acredita nisso. E o que fazer depois?
    Enquanto tem fé, o Espírito de Deus entra dentro de ti. E que faz? Te salva de falsos ídolos, de falsas soluções, de falsos caminhos. E que faz? Te faz comunidade, Igreja. Você quer? É a pergunta.
    Isso é o que teremos que anunciar, com a palavras certas, no momento certo... que a pessoa... qualquer um, da maneira certa. O como, o quando e o que, já está. Por que já está? O como e quando, cabe a nós.    E começa com fé, conversão, miolo. Depois começa a catequese, que é fé-iluminação. Primeiro fé-conversão, depois iluminação.
    Não deem de comer a um cadáver; está morto. Quem levanta o cadáver? O Querigma. Uma vez que crê, alimenta. Cristo não falou àquela menininha morta: “Levanta-te!” E depois falou à família: “Deem-lhe de comer!”. A Igreja que faça o mesmo: levanta-te! Depois para a Igreja: dêem-lhe de comer, alimenta.

sábado, 20 de agosto de 2011

O testemunho



Se você não testemunha, o  outro não recebe o impacto para crer. Quando você leva a Palavra e a vivência, é uma força impressionante que atua no outro. E ele vai ter que lutar... E lutar, porque custa... O possível não significa que seja fácil: é possível...

Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja

Introdução

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O mistério de Deus




Quem cria é Deus, mas se atribui [a Criação] ao Pai, pelo Filho, no Amor. Pai, Filho, Espírito Santo. Por que pelo Filho? É a mesma Divindade, mas é bem diferente do que nós imaginamos. Pois, quando imaginas Deus, erras. Melhor não imaginar e viver o Mistério.
Por quê?
Porque é incompreensível à nossa limitação.
E um perigo muito grande e que hoje se dá muito: "o que não entendo não existe".
Não!
Não entendes, mas existe.
Então, o mundo de hoje tem no objetivo também, uma heresia: querer entender tudo. E, não!
Por um mistério, você não entende. Entendes um pouco, mas não entendes o principal.
Por isso, o único instrumento para viver o Mistério é a fé.
A razão ajuda depois que vem a fé, após a fé. Mas nunca substitui a fé, porque a fé é revelação de Deus, não conquista de nenhum ser humano. Por isso que, quando Deus criou, marcou tudo com três referências: uma, a Beleza; outra, a Verdade; outra a Bondade.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Deus nos chama à vida pelo Nome




Temos que aprofundar as coisas. Falavam os latinos “Non Multa, Sed Multum. O que significa: não muitas coisas, mas poucas, em profundo. Quando você desce à realidade em profundidade, conhece muitas coisas, porque não é um ponto profundo, é profundidade na vida. É diferente.
Desde toda eternidade, faz mais de 13.700 bilhões de anos, Deus já estava pensando você. Não no ser humano, em você. E aos que, diríamos, destinou, “pegou” na cabeça, um dia criou. Aos que criou, um dia justificou, quer dizer, tirou do pecado, salvou. E aos que salvou, um dia glorificou. Ressurreição! Veja que sequência!
Nosso ser, nosso Nome, ainda não está sendo pronunciado. Se pronunciará no final. Estou silabando ou silabiando meu Nome ao longo da minha existência. Por quê? Porque eu sou um ser com potencialidade, não terminado. E ainda, com a obrigação de me fazer. Ajudado, mas ninguém faz ninguém. Ele tem que se fazer. Ajudado, com intercessão, tudo bem. Mas, agora... Deus quando me chama, já me pensou num grau de graça e de perfeição que é a medida de Cristo. Porque, antes de criar o mundo, pensou em Cristo: é um Homem ao qual Ele se comunicaria e pegaria duas características – a confiança em Deus – total! – e a solidariedade. E como o homem, pelo pecado, perdeu a confiança e a solidariedade, teve que se fazer Homem para nos ensinar o que é confiar e se doar.
Essa é a dimensão da cruz: a vertical e a horizontal. Então, assumiu a cruz no sentido profundo. De verticalidade: confiança; quer dizer, qualquer coisa que acontecer, eu confio [em Deus]. E solidariedade: o outro é imagem de Deus e tem uma dignidade impressionante e eu o tenho que ajudar, porque ao ajudar, me ajudo e ao não ajudar, me destruo. Deus quando me chama, me chama pelo que eu tenho que ser e ainda não sou. Por isso noto a diferença e o “puxar” [o desejo de atender o chamado]... Então... entanto que [tanto é verdade que] você tem vida e desejo... Significa que tens que crescer mais. Por quê? Porque ainda não atingiste... Porque o ser humano quando pára... o motor do ser humano é o desejo... e se não tens desejo, não cresces. Então, entanto que tenhas [enquanto você tiver] desejo, significa que ainda não atingistes teu ponto, teu Nome. Temos que confiar, porque Ele quer que eu chegue a esse nível.
Lembrem o episódio de Jesus Ressuscitado e Maria Madalena. Maria está olhando para o túmulo, olhando para a morte e a vida está atrás. Está olhando em direção errada e então, chorava. E falava: “Onde colocaram a meu Amor? Não O encontro. Você sabe aonde está?” E está falando a Ele mesmo. [risos]
Então que faz?
Esse texto é antropológica, psicológica e espiritualmente, densíssimo.
Então, o que faz o “Jardineiro” – entre aspas? Lhe chama pelo Nome, pelo que ainda não era e tinha que ser. E fala: “Maria!”.  Aí ela virou, mudou. Mudou de direção e começou a olhar a vida e não a morte. E então reconheceu: “Meu Mestre!”.
O que falávamos: o ser humano, um dia, tem que perceber que é pecador. Não que peca. Que é pecador. E aí, a única solução é: “Senhor, tende piedade de mim, que sou pecador”.
E Deus fala: “Agora podemos conversar!”. [risos]
Porque como venhas com orgulho, estás perdido!

E agora lemos: “Ao vencedor darei um prêmio: o maná escondido”. Continua: “Darei também uma pedrinha branca a cada um. Nela está escrito um nome novo, que ninguém conhece. Só quem recebeu” (Ap. 2, 17).

sábado, 18 de junho de 2011

Transformados



    Outro tema que eu gosto de entender e falar para vocês é: o ser humano é um ser [formado de] matéria e espírito, por isso só entende através da matéria. Mas, isso, quando juntas a matéria e o espírito, para ti, essa operação é simbólica. Que significa? Que unes o visível com o invisível.
    Então, o mundo do hoje está cego, não vê o invisível, está surdo, não escuta a voz de Deus que grita continuamente.
    Por isso, Cristo veio a dar um simbolismo a nossos atos: “Eu tenho que tirar a cegueira e a surdez e a paralisia”. Por que...
Surdez: desobediência.
Cegueira: falta de fé
Paralisia: egoísmo
E morte, destruição total.
E Ele fez questão de curar surdos, paralíticos, cegos e levantar mortos.
E hoje continua fazendo o mesmo. Por isso, na Eucaristia, quem comunga bem, fica transformado Naquele que comunga.
Temos três maneiras de comungar*, mas sem comunhão com Logus, Palavra Encarnada, você não volta à Trindade.

* De acordo com o Catecismo Romano, há três modos de comungar: 
Comunhão indigna (fora da graça, em pecado), 
Comunhão espiritual (pelo desejo e a intenção de recebr o sacramento, animados de uma fé viva) e
Comunhão digna e sacramental

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Confiança



Temos sempre que unir o material com o espiritual, o divino e o humano. Por isso, qualquer realidade humana remete à divina, porque foi criada pela Divina para nos ajudar a subir, não a nos afastar. É um grande engano que, o que Deus criou para nos ajudar, o usamos mal: dinheiro, sexualidade, poder, beleza e assim por diante... tudo [isso é] ajuda de Deus e fazemos isso com Deus. Por isso, quem adora um ídolo, termina sendo devorado pelo ídolo. Quem adora Deus, produz imagem, a criatura se transforma em Deus.
O ídolo recolhe e guarda, a Imagem reflete, espelha. Por isso, Maria é a Imagem Total, tudo o que Deus revelou, o recolheu, não ficou nada.
E [Maria] não entendia nada... era a entrega. Funcionou “de maravilha” o lado direito [do cérebro], o esquerdo “falou”: “não entendo nada”...  E Cristo na cruz... "Ñão entendo nada, mas confio”. E o Pai falou: “Prepara-te, dentro de certo tempo, muito pequeno, você vai ver o que faço contigo”.  E a nós, igual: “Prepara-te e confia em mim, você vai ver o que te faço”. E São Paulo fala: “Nem olho humano nunca viu, nem o ouvido humano nunca escutou,  o que Deus tem preparado”.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Características do cristão




    Todo cristão tem que ter essas quatro características, senão não é Igreja: assíduos no ensinamento, catequese permanente. Catequese não significa “para crianças”; é para adultos. Κατηχέω: “fazer ecoar”.
    Segunda: comunhão fraterna, solidariedade.
    Terceira: missa, Eucaristia.
    Quarta: oração. As quatro: [oração de] louvor, agradecimento, adoração, petição-intercessão. Quem ora tem que ter esses quatro ramos, umas vezes um, outras outro. Pedir perdão, interceder, louvar, agradecer e adorar. Por isso, quem não tem essas características se aborrece na liturgia. Porque a liturgia é esses quatro ramos.
    Não entendem...

    Entendem talvez, pedir... quando seja perdão e louvar e adorar.
    Por isso a oração pública da Igreja – isso que é a Liturgia das Horas – é para toda a Igreja. E como falhamos...
    Porque é adoração de Cristo Glorioso, dando glória ao Pai e dando agradecimento ao Pai e intercedendo por nós continuamente. Por isso quando vocês pensam a Liturgia das Horas, é Cristo que te convida. Ele, a Cabeça, convida ao Corpo, aos membros. E quando você celebra a missa, é Cristo quem celebra e te convida.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A vida em Cristo



Quando Cristo morreu na cruz, matou o pecado e a morte; não apenas a crucificou: a matou, a sepultou. Então, quem quer viver dessa forma se batiza, quer dizer:  mergulho em Cristo e me identifico com sua postura perante a vida e a morte. Então, imediatamente, quem se batiza é porque tem fé, se não tivesse fé não se batizaria. O grande erro [é] que hoje batizamos sem fé, sem adesão a Cristo. Mas, uma vez que se tem fé, não apenas entras numa situação de morte ao pecado. Entras numa situação de viver a vida nova, a que não morre, a que continua para sempre. Vos ponho um exemplo que é muito significativo: imagina um cachorro que pudéssemos enxertar a vida humana... Teria a forma de cachorro, mas um dia pensaria, faria contas, falaria... – Olha! Que notícia para toda a televisão do mundo! – Seria Prêmio Nobel, Nobel, Nobel quem conseguisse!
Muito bem! Não dá para imaginar! Pois eu te vou falar uma coisa maior: imagina um ser humano, uma ... [criatura]  humana, na qual é enxertada a vida divina. E quando pega, começa a fazer isso, o que fez Cristo: pensa como Deus, fala como Deus, faz as coisas que Deus faz. É o que falava lá no livro...
Por quê? Porque pegou a vida divina. Perdoar? Por quê? Porque pegou a vida divina. Partilhar seus bens? Por quê? Porque está enxertado na vida divina.
E... É um tempo até que apareça e estoure toda a VIDA... Porque a vida da ressurreição é, está atual, mas ainda não se manifestou totalmente. E por isso temos que desejar muito: “Vinde, Senhor Jesus!”. Quer dizer, “Manifesta toda tua Vida!”. E então, quando se manifestar, os que estão com essa vida se manifestarão com Ele. E os que estão fora...
Imagina que eu passo um fio [e] com cada um de vocês, [há] um soquete. E está tudo conectado na rede [elétrica], só [há] um interruptor aqui. Então... Cada um de vocês tem uma lâmpada ligada ao soquete. Mas você pode não apertar [rosquear] toda a lâmpada. Então, se eu apertar aqui [o interruptor], quem fica aceso? Quem está ligado!
Pois cuidado, que quando Deus apertar e aparecer, aparecerão todos os ligados... E os outros? Às escuras...
Outro [exemplo]! Imagina uma agulha, a cabeça [o buraco da agulha], e um fio – um fio que pode passar [pelo buraco]. Agora... esse fio envolvido no carretel... Se o começo do carretel passa, passa todo o carretel. O começo é Jesus Cristo ressuscitado, primogênito dos que morrem. Passou? Ao [no] mundo de Deus, se você está unido pela fé e pelas sobras, também passas. Agora se estás fora do carretel, não passas!

terça-feira, 24 de maio de 2011

O que é a Palavra?



Vamos de novo aprofundar isto.
O que é a Palavra?
Então, quando você tem uma ideia, um instrumento - o único que tens para pôr para fora - é uma palavra. Quando você pronuncia teu nome, em profundidade estás pronunciando tua palavra, estás gerando-te espiritualmente. É uma geracao espiritual. Por isso, se você quer comunicar-te, tens que usar palavras. Mas o outro, a partir e por meio de tuas palavras, pega a tua essência. Por isso é tão grave a mentira, porque você fala uma coisa e não é você. O outro entende que é você e não é você. Por isso é tão sério.... "Não mentirás!" Porque te destrói, é uma palavra falsa. E a ironia é o contrário: palavras que falam uma coisa e o sentido é o contrário.

domingo, 22 de maio de 2011

Que não se percam pedaços da Escritura


Assim como temos muito cuidado de não profanar a Eucaristia e se cai um pedaço, recolhe-se com muito jeito, que não se percam pedaços da Escritura, para que não caia no chão. Recolhe e guarda doze cestos: a Igreja recolhe o pão dos testemunhos. Na multiplicação dos Pães sobraram 12 cestos:  "Recolhe e que não se perca nada".
Então, em cada missa, teríamos que falar: [Deve-se] recolher os pedaços dos distraídos, dos ausentes no corpo e na alma: que não se perca nada! E guardá-los [os pedaços] para outra ocasião.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cidadão do Infinito

A você, todo nosso amor e carinho para sempre!

Homenagem em 28/10/2010

Graça, fraqueza e pecado



Quando você, com a graça de Deus, porque sozinho nunca consegues – no dia em que você se experimente sua fraqueza, sua falha, sua inconsistência e incoerência – estás muito mais perto de sair disso. Um dia percebes que você é incapaz de amar, senão pela [Graça] de Deus e, outra coisa, que Deus te ama e te quer salvar, então você vai com muita confiança a Ele. Não te apoiando no que você faz, senão na Vontade Infinita dele. E aí te salvas. Um dia... “sou pecador, mas não peco.” [risos].

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Que a morte não te pegue morto



Cristo teve que encarnar-se para nos tirar de duas leis: a lei do pecado e a lei da morte. A lei da morte não é tanto a morte biológica. Existem duas mortes, três diríamos... A biológica é a menos importante e todo o ser, diríamos, finito, mortal, vai morrer. Mas a lei da morte primeira é o pecado mortal. Você fica morto, mas transitoriamente, até que sais [do pecado mortal]. E a morte segunda é a morte definitiva: separação total de Deus. Cuidado com a morte segunda!
Mas quem vive na primeira corre um risco, porque lhe surpreende a morte biológica na morte primeira e estás morto na segunda. Então, aí vem a frase: Não vivas [de tal maneira]... Que a morte não te pegue morto.
Pegaram o conceito de morte?

domingo, 1 de maio de 2011

Vocês são a carta de Cristo (2Cor 3,3)




Vocês são a carta de Cristo, que ele leia a sua vida.
Vocês são o odor de Cristo.
Quando uma pessoa passa um perfume, você sente.
Então, o cristão, ao passar, tem que cheirar Cristo, nas suas palavras, obras, pensamentos e atitudes.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Falar e fazer





Tem pessoas que falam "Senhor, Senhor!", mas não fazem...
Outros que fazem e não falam "Senhor, Senhor!".
O melhor é fazer e falar.

Agradeçam



Agradeçam na Eucaristia
a Luz e a
Força recebidas.

domingo, 24 de abril de 2011

Todos os batizados e crismados são profetas


Todos vocês são profetas pelo crisma e batismo. Tenham confiança no Espírito que vos habita. Tenham confiança! Mas procuremos a coerência, Tem um ditado latino que fala: as palavras voam, os exemplos arrastam.

Deus se fez um de nós


Deus se fez homem e isso é muito importante. Eu não sei se terão outros mundos, por aí, habitados, mas nós sabemos que Deus se fez um de nós.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quando você ama, é Jesus que ama em você

 

Quando você ama, é o Filho, o Logos, que ama em você. Só permitimos que passe por dentro. Então, quando se sintam amados, vejam atrás Quem está: é o mesmo Deus amando você, por meio de tua esposa, esposo, filho, amigo, qualquer um... É Deus amando você.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Luz veio e não foi acolhida



Deus se comunica! Ele é a Vida, Ele é a Luz! E a Luz se fez Carne.
E tem gente que é trevas e quer apagar a Luz.
A Luz veio e não foi acolhida. Por isso, que tristeza, ficas na escuridão!
E a Vida veio e não foi acohida. Que tristeza, ficas na morte!
Por isso, a tarefa da Igreja, dos cristãos, das pessoas de boa vontade é testemunhar, na consciência, os valores que Deus lhe marcou. E àqueles que a receberam [a Luz] deu a possibilidade - não a fragilidade - possibilidade de ser filho e irmão.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mc 7, 31-37

Evangelho Comentado
TUDO O FEZ BEM!

31 Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia, atravessando a região da Decápole. 32 Levaram então a Jesus um homem surdo e que falava com dificuldade, e pediram que Jesus pusesse a mão sobre ele. 33 Jesus se afastou com o homem para longe da multidão; em seguida pôs os dedos no ouvido do homem, cuspiu e com a sua saliva tocou a língua dele. 34 Depois olhou para o céu, suspirou e disse: «Efatá!», que quer dizer: «Abra-se!» 35 Imediatamente os ouvidos do homem se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36 Jesus recomendou com insistência que não contassem nada a ninguém. No entanto, quanto mais ele recomendava, mais eles pregavam. 37 Estavam muito impressionados e diziam: «Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar.»

A presença da miséria em nosso mundo interpela a todo homem de boa vontade, tanto a crentes como não crentes. Continua sendo o grande escândalo da fé na bondade de Deus. Jesus lutou sem trégua contra tudo o que impede a felicidade do homem. Não fez uma revolução mágica e milagrosa que fizesse desaparecer todos os males de maneira instantânea. Introduziu, ao contrário, uma revolução silenciosa que foi dando frutos ao longo dos séculos. Trata-se de vencer o mal com o bem.
Para levar este projeto adiante, Jesus convidou um grupo de jovens aos quais formou como discípulos seus. Contagiou-lhes com sua paixão pela justiça e pelo Reino. Através de seus milagres, hoje escutamos a cura de um surdo-mudo, mostra-nos até que ponto Jesus sente-se tocado pelas misérias humanas e atua para curá-las. Isso faz as multidões exclamarem: “Tudo o fez bem!” (Mc. 7,31-37).
Frente ao sofrimento muitos se perguntam: “onde está Deus?” ou “o que eu fiz para que Deus me trate assim?” Ao invés de perder-nos em perguntas, com as quais tentamos justificar nossa falta de interesse para fazer o que se deve, precisamos pensar melhor e perguntar-nos: “o que eu posso fazer para aliviar esse sofrimento?” Trata-se de injetar constantemente o bem neste mundo coberto de males, colocar vida nestas realidades de morte. Na realidade, isso é o que Deus está fazendo incessantemente. Se o mundo não se afunda no caos, é porque Deus e os seus estão constantemente lutando para que exista a ordem e a felicidade. O Povo de Deus viveu com a confiança nessa utopia, de que Deus iria intervir imediatamente para mudar a situação do mundo (Is. 35,4-7). Os incrédulos dirão que são boas palavras, mas que o mundo continua sendo um desastre.
Nossos olhos e nossos ouvidos já estão condicionados e educados pelos meios de comunicação para descobrirem imediatamente os males. Não é ruim se este espírito crítico ajuda-nos a mudar as coisas. Diante de tanta miséria, nossos corações comovem-se e experimentam certa culpa. Infelizmente, às vezes, culpamos os demais e sentimo-nos impotentes para fazer algo. No final, ficamos tão tranquilos, esperando que as autoridades consertem o mundo.
O apóstolo São Tiago coloca-nos um caso concreto, no qual a fé cristã convida-nos a atuar para mudar as relações sociais (Ti. 2,1-5). No mundo, são os ricos que mandam e os que têm voz. Os pobres são silenciados e ignorados. Às vezes, infelizmente também, na Igreja, temos nos comportado assim e temos buscado o estar bem com os ricos. Para Jesus, ao contrário, os pobres foram os preferidos, porque eles eram os herdeiros do Reino. O caminho da Igreja passa pelos pobres. A opção preferencial pelos pobres, sem por isso excluir os ricos, implica uma conversão profunda de nossa maneira de pensar e de administrar os recursos eclesiais.
Que a celebração desta Eucaristia, faça-nos sensíveis aos pobres de nosso meio e leve-nos a trabalhar por um mundo mais justo e fraterno.              

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Palavra precisa ser entendida, acolhida e retornada





Vejam que maravilha, que Deus se comunica!
A Palavra, quando vai, precisa ser entendida e acolhida e retornada. Este é um movimento fantástico. Então se eu falo com uma pessoa no ônibus, ele tem que me entender, tem que acolher e tem que dar a resposta. Agora, se Deus me fala, tenho que entender, tenho que acolher, tenho que corresponder.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O anúncio da Palavra



Se vocês querem que a fé nasça numa pessoa, é pela Palavra de Deus e anunciando o fundamental, que é o Querigma. Isso é o que converte, mais que moralismos, mais que costumes: anunciar o Querigma. E se não aceitam, é que estão presos pelo pecado. É um força extraordinária [O Querigma] e sempre se recomenda o serviço e a humildade, senão não converte. O que converte é a vida e Deus se serve disso para tocar o coração. Por isso, comecem servindo, sendo humanos e chega o momento - solta o Querigma. Precisamos de salvação. Não estamos salvos; só em esperança. E só se salva quem aceita Cristo, implicita ou explicitamente. Sem Cristo ninguém entra no Pai, ninguém. Por isso muitos mulçumanos, judeus, hindus, ateus... se amam, se salvam em Cristo. E vai ser uma surpresa impressionante quando se encontrem...

A tribulação produz perseverança e paciência





A tribulação produz perseverança; a perseverança, paciência; e a paciência, esperança; e a esperança não decepciona, porque o Espírito de Deus foi-nos comunicado.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vale a pena amar



Quando você acolhe o amor, quando você acolhe Deus, muitas vezes no próximo, sem saber, acontecem em você duas coisas: a primeira, que você é amável, tem valor. É convertido em diamante, sendo carvão.
E a segunda coisa que acontece é que Deus te permite fazer o mesmo: ser luz e força para os outros. Então, vale a pena amar!

terça-feira, 15 de março de 2011

Saudade

No dia 25 de janeiro passado, a Igreja Triunfante se alegrou em receber um filho santo, que sempre buscou viver a Palavra de Deus e que se dedicou a anunciá-la. A Igreja Peregrina ficou sem um de seus mais bravos e entusiastas servidores: deixou-nos o Pe. Jesus Bringas Trueba, aos 76 anos, após um período de enfermidade e sofrimento, porém, sem nunca perder a fortaleza de espírito, a serenidade, testemunhando sua fé e eterno ardor missionário. O texto que escreveu antes de deixar o Brasil, bem reflete sua disposição de ânimo frente à doença:

“Tudo na vida tem seu sentido, mas é preciso encontrá-lo. Este é um tempo de fechar, para que possa vir o crescimento. Durante esse tempo de doença, tive grandes transformações e experiências. Entrei mais vitalmente no mundo da dor. Isso me identificou um pouco mais com Cristo Sofredor e com a solidariedade daqueles que sofrem. O Senhor, entre outras graças, está me proporcionando a de experimentar a fragilidade e a dependência humana. A fragilidade do homem nos é revelada por Deus, que se faz criança, pobre, frágil e dependente, mas aberto ao infinito. Essa minha fragilidade foi sustentada pelo dom da Fortaleza.
Também, o Senhor me presenteou com o dom de entender e saborear a Sagrada Escritura. E, sobretudo, de vivenciar mais o significado da expressão: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo.
Quero agradecer, de verdade, tantas demonstrações de carinho, de ternura e amor. Além de vossas pessoas, experimentei o amor de Deus e Maria, amando-me em vocês.”

Dificilmente, alguém que o tenha encontrado, ficou indiferente a ele. Sua riqueza cultural, sua incessante busca de informação e imediato compartilhar, o brilho único no olhar, quando alguém entrava em sua sala – e ali sempre havia um livro, um texto, uma música para mostrar ou um jeito novo, que alguém descreveu, para confortar a alma, o coração e ampliar o entendimento – fizeram dele uma pessoa ímpar, pois toda sua sabedoria era acompanhada de grande humildade e de um amor imenso a Deus, a Maria e à Igreja.
Para os que conviveram com ele mais de perto, fica muito presente a sua energia e vigor, o tom da voz, as expressões de riso, a maneira simples como aprofundava os assuntos mais complicados, as famosas historinhas que iluminavam sempre um conteúdo mais difícil, seu carisma e dom missionário.
Ardoroso pregador, dizia que deveríamos ter o mesmo amor extremado pela Palavra, como temos pela Eucaristia: “Assim como temos muito cuidado de não profanar a Eucaristia e se cai um pedaço, recolhe-se com muito jeito, que não se perca pedaços da Escritura, para que não caia no chão. Na multiplicação dos pães sobraram doze cestos, que foram recolhidos para que nada se perdesse. Então, em cada missa, teríamos que falar: recolham os pedaços dos distraídos, dos ausentes no corpo e na alma; que não se perca nada – e guardem-nos para outra ocasião”.
Impossível não nos entristecermos com sua partida; contudo, a firme certeza de que sua ressurreição se completou e que já está face a face com o Pai, consola-nos o coração.
“O olho humano nunca viu o que Deus tem destinado àqueles que se fizeram um com o Cristo, nas dores e nas alegrias”.



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